um Escrito COLETIVO. buscar a cidade transviada e crioula. a cidade em fragmentos. declarações furtivas. Sonho e fantasia para uma cidade melhor.

4.9.05

...quando não se para de parar...

...por razões diversas e adversas vou falando no domingo da feijoada que não há. Não cabe em mim, não atende as necessidade da veloz sonoridade, mas sou convidada e o convite é nobre. Me integra, sedúz e me faz bem. Estar por aqui, passeando.
Muitos sons na cabeça que gritam, repetem a música que parece um hip-hop, um funk rapidinho que até então, eu não entendia as palavras. O rítmo alucinado era mais forte. Mas ontem, eu ouvi e pedi socorro apesar de só entender que não se trata de um flime. A real nos meus ouvidos adentrando...: - Eu te amo! EU TE AMO! E por amor, em nome de todos os amores e potência, posso te matar, massacrar, perseguir, acusar, denegrir teu nome, acabar com o teu sossêgo, até ter teu corpo nas minhas mãos e o consentimento errante de que esse amor que vale tudo é do tamanho da minha imaginação e, se te imaginar com outro, é então VERDADE o meu imaginado e, te mato por isso. Por que é amor e ouço toda a minha emocionada ineventividade e acreditando nela, firo o ferido. Sou capaz de tirar vidas e de cantar um bolero enquanto, te machuco... eu sei que vou te amar...!

Belos de vidas im/expressionistas, eventualmente exposta em colagens berrantes,
artistas da defesa e da grandeza pessoal, que atiram as flores pro alto, com ares de pedra, que caem sobre qualquer um (se Deus quiser) e os tocam, convidando para dançar palavras.
Meu carinho e estar aqui.
Minha aberração é dizer o que está em parte de mim sabendo que posso e que não hão de achar antiético palavrear momentos difíceis.
É por isso; por que o real não é só tiro na gela, não é só flores na favela, não é só a intenção da gente bela, é tudo isso também e a pancada roxa na linfa que corre bonitinha para onde os sons são melhores e que eu posso ler e repetir, e repetir como música.
Sem tiros de amor, por favor!? A não ser os do gozo danado, longínquo, relaxante.
O RESTO NÃO MAIS SERÁ IMPORTANTE (nem os demasiados acentos ou eventos de amor armado).
Maris

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