um Escrito COLETIVO. buscar a cidade transviada e crioula. a cidade em fragmentos. declarações furtivas. Sonho e fantasia para uma cidade melhor.

28.7.05

a cidade de são sebastião merece coisa melhor. não falo nem da estória maior da zona federal eu digo o rio. rio a cidade de água é isso. muita emoção. queria andar pela cidade livre. liberdade não existe eu sei. principal neste capital cru o nosso. nem no sofisticado. veja lá na bélgica a mulher do quênia q tacou-se fogo pq teria q ir embora daquela merda de europa enfim. isso foi ano passado diz leidinha. aqui um cara virou labareda em frente ao nosso forrest. pois é. a solução de jorjão por gaspari é expulsar todos q estão envolvidos com o escândalo expulsar todos do pt q estão envolvidos. até o lula q seja. recuperar as bases fazer novas bases. enfim a política q foi a marca do pt. heloísa helena e o retorno. sejamos monstrengos na política e atrasados. ótimo. mas voltando a idéia de ser livre. no filme quanto vale ou é por quilo? do bianchi tem lá a réles classe média mais medíocre q já é. um cara entrou aqui e levou as coisas da sala. tv vídeo e som. agora dormimos c todas as janelas trancafiadas. isso é ridículo. quero me mudar de uma casa no rio. deveria encarar isso na boa. conversar com o cara na próxima se ele for no meu quarto ou me deparar com. vivíamos com todas as janelas e portas abertas. o cara sacou. mas dá pra entrar sempre dá pra entrar quando se quer. mesmo com todos os ferrolhos imbecis q eu tenho avesso. na feira da glória o cara feirante esbravejante p uma pedinte negra oh minha mulher é branca e não está pedindo ohh minha mulher é branca e não está pedindo. olhamos sem entender. alguns segundos. pra entender: preto não pode ser pedinte na feira.
(por dricafernandes@yahoo.com.br)

27.7.05


amor em chão suspenso sobre covardia/hoje eu fui ver o quanto vale ou é por quilo?/ meio sorumbática/ queria parar de roer unhas e só/ meio sorumbática/ me perdoem/ não/

25.7.05

Psiu

24.7.05

Reinaldo Arenas p/o Presente 1

"Nossa história é uma história de traições, alistamentos, deserções, conspirações, motins, golpes de Estado; tudo dominado pela infinita ambição, abuso, desespero, orgulho e inveja. Até Cristovão Colombo, em sua terceira viagem, depois de descobrir toda a América, voltou para a Espanha acorrentado. Duas atitudes, duas personalidades parecem sempre estar em conflito na nossa história: a dos rebeldes constantes, amantes da liberdade e, portanto, da criação e da experiência, e a dos oportunistas e demagogos, amantes do poder e, portanto, praticamentes do dogma, do crime e das ambições mais mesquinhas. (...). Seja como for, a juventude dos anos sessenta deu um jeito não para conspirar contra o regime, e sim para atuar em prol da vida. Clandestinamente, continuávamos a nos reunir nas praias ou em casas de amigos, ou simplesmente desfrutávamos de uma noite de amor com algum recruta de passagem ou com um estudante bolsista, ou com um adolescente deseperado que procurava uma forma de escapar da repressão. Houve um momento em se desenvolveu, às escondidas, uma grande liberdade sexual em todo o país; todo o mundo queria transar deseperadamente e os rapazes ostentavam imensas cabeleiras (as quais, naturalmente, eram perseguidas por mulheres na menopausa munidas de grandes tesouras), usavam roupa justa e adesivos, copiando a moda ocidental; ouviam os Beatles e falavam de liberdade sexual. Em grupos enormes, nós jovens nos reuníamos na Coppelia, na cafeteria do Capri ou no Malecón, e curtíamos a noite apesar das ruidosas perseguições policiais." (In ARENAS, Reinaldo. Antes que Anoiteça. Rio de Janeiro, Editora Record, 1994. p.120-121)
(por dricafernandes@yahoo.com.br)














a solidão assim/neste mundo de machos em um posto de caminhoneiros/c/pfs e churrascos mistos/ a senhora bishop e reinaldo arenas e todos os alunos da brisa de CF no nervo/ é noite c/chops e neblina/ o garçon curioso quase holandês nessa região de imigrantes corsários de outro tempo/ na solidão precária/ e vejo o verbo comigo/ mais não.
ah se não fosse a literatura o q haveria de nós pós derrota do pt e da política e dos suspiros da esperança q andamos a dar mas logo cessando. o pt parece um time de futebol daqueles q só perde e todos escarnam e todos te ligam pra contar mais algum detalhe eh o apocalipse vai acontecer eh só vai piorar eh isso e aquilo logo em seguida outros continuam a ladainha e a gente ali se defendendo embora nem acreditasse em política ou pt ou lula genoíno no fundo eh aquele ranço de brasileiro esperando o milagre um país meio pisciano a gente eh isso.........acho q de novo retornar a Canudos e seus heróis.........os caras resistiam os caras corriam cavavam os caras pintaram com armas ultrapassadas para a época.........eh isso.....
aqui eu trago então a literatura.........
o cara se chama LEZAMA LIMA o chapa barroco cubano q não saiu de cuba q ficou com fidel mostrengo dos gays e outros contradictos mais........... bem, Lezama Lima escreveu, entre outros, PARADISO, nos idos dos 60, o cara eh grande literal e não, vejam na tradução de Josely Vianna Baptista, da brasiliense, 1987 (ed.orig.1966):
"ir à casa do Coronel e ver sua esposa, e presenteou-lhe uma caixa de doces, pois tinha esse delicado costume criollo que consiste em abrir caminho com desejos e afagos, ingênuos e carinhosos, nobre e graciosamente desproporcionados entre o bem que se solicita e a fugacidade da regalia introdutória, tão distante da densa bajulação espanhola." (pg.41)

1.7.05

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s/t

eu não sei escrever/ eu sei de você nos lugares escuros
em lugares perdidos/ em algum lugar fedorento// eu gosto/gosto do cheiro
da coisa estranha/ eu encaro eu gamo eu queria não saber disso mas eu sei/ e eu ainda quero/ eu não páro// no hotel a gente pode combinar/ quantas fileiras quantas vezes/ combinar a face/ desopilar a cuca com besteira doentia/ divagar a respeito/ quem sabe uma felicidade fugaz/ quem sabe funciona/
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