do blog "caximir buquê"
de eduardo ferreira, Cuiabá (MT)
girando em círculos
a cidade acontece aos poucos.
se acaba
nas vitrines do horror. asas de anjo de plástico enfeitam templos
de pedra.
longos e tristes trópicos -
desocupados se arrastam nas vias
marginais
buscam lugar para jogar seus corpos
aquecer
se decompondo - atrozes carniças
sombras soturnas
despossuídos peregrinos
as vias se multiplicam em faróis coloridos
ilusão para a rotina
rios de chamas
a cidade é viva e misteriosa
muito além dos seus muros -
vigilantes corpos
diante do vertiginoso movimento da vida
gira
gira
gira
um Escrito COLETIVO. buscar a cidade transviada e crioula. a cidade em fragmentos. declarações furtivas. Sonho e fantasia para uma cidade melhor.
26.6.06
18.6.06
5.6.06
Poemaqua
Rios são ruas d’água
Nu vens em gotas
A pele dos olhos nus
Chama pálpebras
de neblina
densa ou espessa
Ainda vê-se:
a grama foi cortada rente
e continua verde
como o branco da neblina
e de certas rosas vermelhas.
Nu vens em gotas
A pele dos olhos nus
Chama pálpebras
de neblina
densa ou espessa
Ainda vê-se:
a grama foi cortada rente
e continua verde
como o branco da neblina
e de certas rosas vermelhas.
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